sábado, 14 de julho de 2018

A língua portuguesa

Albano Martins, citando Raul Brandão:
«Morro com a ideia de que a minha farrapada não serve para nada». A sua obra seria apenas «alguns riscos na parede — e mais nada».
Albano Martins, recentemente falecido, discorda:
«Não. Também ela, nestes tempos de alucinada aceleração e derrapagem, nos serve de guia, quando a língua — a nossa — todos os dias se vê maltratada, sofrendo tratos de polé por parte dos que deviam respeitá-la e cuidá-la: nos jornais, na rádio, na televisão, em todos os lugares da escrita e da fala. Lá onde tantas vezes a vemos abastardada, poluída, e onde no-la servem, não raro, como vinho a martelo
(Albano Martins, em O PORTO DE Raul Brandão, Porto, Campo das Letras, 2000, página 77)

1 comentário:

  1. Albano Martins, na continuação, recomenda a leitura de toda a obra de Raul Brandão e também dos clássicos.

    ResponderEliminar